Aparecimento de tumores cancerosos

Aparecimento de tumores cancerosos

No âmbito do Dia Mundial do Cancro, transcrevemos uma parte do livro de Gerhard Leibold onde nos explica o aparecimento de tumores cancerosos:
“O conhecido patologista alemão Rudolf Virchow (1821-1902) descreveu o corpo na sua obra mais importante, “Patologia celular”, como um estado democrático de células. As perturbações da ordem democrática provocam a doença.
Esta concepção de uma ordem democrática na estrutura celular do organismo justifica-se de um modo particular no caso de doenças cancerosas malignas: as células cancerosas têm um comportamento “antidemocrático”, pois multiplicam-se ilimitadamente, sem consideração pelas outras células e pela organização celular geral, até destruírem o organismo.
As células são a unidade mais pequena da substância viva. O organismo humano, é constituído por cerca de 60 biliões de células. Enquanto nos organismos unicelulares todos os processos vitais se desenrolam no interior de uma única célula, as células dos organismos multi celulares especializaram-se para determinadas tarefas, constituindo tecidos com determinadas funções, por exemplo, o tecido muscular. No metabolismo celular, as substâncias alimentares, preparadas pela digestão, são decompostas, com uma libertação de energia, em produtos finais indesejáveis que são expelidos do corpo através do sistema urinário. A respiração celular, ou seja, a penetração do oxigénio do sangue nas células, através das paredes celulares, e a libertação do dióxido de carbono das células para o sangue pela mesma via, fornece a energia necessária ao metabolismo celular.
As células multiplicam-se assexuadamente através da divisão celular. Só muito recentemente foi demonstrado por Szent-Györgyi, um cientista laureado com o prémio Nobel, que a divisão celular é desencadeada por uma hormona de composição semelhante, a retina, limita a divisão celular. Ainda não se sabe, por enquanto, se e em que medida a promina e a retina intervêm no aparecimento do cancro, mas as investigações continuam.
Com a idade, as perdas de partículas de ácido nucleico, portadoras da característica hereditária, que acompanham a divisão celular, aumentam de tal maneira que podem aparecer as primeiras células anormais, numa primeira etapa do aparecimento do cancro. É por isso que, regra geral, os tumores malígnos aparecem nas mulheres só depois dos 30 anos, e nos homens depois dos 40. Esta regra não impede que crianças pequenas possam sofrer de cancro. Sabemos de certeza que o cancro não é contagioso e que não é hereditário, ainda que apareçam por vezes casos na mesma família.
A ideia, muito divulgada, de que os tumores malignos em princípio são todos iguais é errada. Não há uma doença cancerosa única.
A medicina, pelo contrário, conhece várias formas malígnas muito diferentes de degeneração celular. Todas elas têm em comum o facto de as células cancerosas escaparem, de qualquer forma ainda desconhecida, à regulação normal da sua divisão. Pensa-se que não existe nenhum agente cancerígeno especial, mas que a conjugação de uma série de factores pode desregular a divisão celular.Normalmente, todas as células cancerosas do organismo são identificadas como estranhas e eliminadas. O cancro só se manifesta quando essa capacidade de autoconhecimento do corpo é destruída, ou seja, quando o organismo deixa de distinguir entre células saudáveis e células degeneradas. Sob este ponto de vista, é interessante o facto de que um em cada três pacientes que sofrem de transplantações de órgãos adoecem com uma doença cancerosa. Só pode haver uma explicação para esta percentagem: têm de enfraquecer as defesas naturais do organismo dos pacientes que recebem os órgãos estranhos, para evitar a rejeição do tecido estranho; e daí resulta uma diminuição das defesas naturais contra as células degeneradas.
Em 1975, foram contemplados com o prémio Nobel três cientistas americanos que conseguiram demonstrar que os vírus podiam ser considerados como a causa de certas formas de tumores. Estes vírus cancerígenos introduzem nas células uma cópia do seu material hereditário. Em certas condições, esse material hereditária comunica às células a ordem de divisão ilimitada. Pensa-se que muitos vírus, em si mesmo inócuos, podem desencadear assim o cancro. Ainda não se sabe ao certo porque é que isso acontece nalguns casos, os vírus continuam a ser inócuos.
Conhecemos atualmente cerca de 300 substâncias cancerígenas ou carcinogénicos (que provocam o cancro), sendo as principais o alcatrão e as substâncias tóxicas do fumo do tabaco e os gases suspensos na atmosfera, que podem ser responsáveis pelo aumento considerável da incidência do cancro dos pulmões, assim como as gorduras animais hiperaquecidas, os produtos de oxidação, o álccol, as substâncias tóxica dos bolores, substâncias segregadas pelo corpo como as hormonas sexuais e a anilina e os corantes de alcatrão da industria química.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: LEIBOLD, Gerhard – O livro da medicina natural: Editorial Presença, 1982. ISBN 9789722315555

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