Distúrbios do sono na infância Medos e sonambulismo

Distúrbios do sono na infância Medos e sonambulismo

“Mãe, quero ir para a tua cama”

Horas de sono que se transformam num verdadeiro pesadelo não são queixas só de gente adulta. Também as crianças, embora em menor escala, podem ser afetadas por estas perturbações, o que origina, dependendo da gravidade e da duração da situação, um decréscimo do aproveitamento escolar…

Medos e sonambulismo

Desordens do despertar

Tratam-se de fenómenos físicos, agudos e episódicos, que ocorrem após o início do sono. Parassónias é a designação clínica para estes acontecimentos, que geralmente estão interligados. Ambos são mais frequentes em rapazes, entre os três e os cinco anos, embora possa ocorrer em qualquer idade.

“Alguns autores chamam-lhes ‘desordens do despertar’, pois ocorrem de forma abrupta, com confusão, desorientação e amnésia retrógrada”, afirma a otorrinolaringologista.

Sintomas:

O sonambulismo e terrores noturnos ocorrem no princípio da noite – 15 a 20 minutos após o início do sono.

O quadro clínico incluí sinais de terror, como taquicardia, suores e gritos; amnésia retrógrada; comportamentos estereotipados; sentado com os olhos vidrados, fazendo movimentos ou deslocando-se pela casa; e até reações violentas, quando os seus movimentos são contrariados. Após o evento, a criança regressa à cama como se nada se tivesse passado. No dia seguinte, não se recorda de nada.

 

Causas:

Sendo ainda uma pergunta sem resposta consensual, sabe-se que existem fatores externos capazes de desencadear um ataque de terror noturno. De entre estes, Anselmo Pinto refere: “o stress; alguns tipos de medicação; privação de sono; e dormir em lugares estranhos.”

Em relação ao sonambulismo, geralmente há uma história familiar associada.

Diagnóstico:

Regra geral, o diagnóstico nas crianças, é feito pela história clínica, pessoal e familiar. “No entanto, a comprovação das suspeitas só poderá ser realizada com segurança por meio de uma eletromiografia, realizada durante uma polis sonografia,” acrescenta

Tratamento:

Na maioria dos casos, passa com a puberdade. No entanto, o especialista recomenda uma boa higiene de sono, isto é, hábitos de dormir saudáveis. “De entre estes, contam-se horas certas para ir para a cama; alimentação ligeira à noite; evitar filmes violentos. Um bom ambiente familiar e afetividade para com a criança melhoram estas situações.”

O que fazer perante esta situação?

O otorrinolaringologista aconselha: “Não dizer à criança que está a sonhar e o que sente não é verdadeiro. Deve acalmá-la, mas sem a contrariá-la. Fale calmamente, não force o contacto físico para contrariar os movimentos, mas coloque-se no caminho dela, comportando-se de uma maneira passiva, quando está em risco a integridade da criança.”

Sendo uma situação que não é lembrada no dia seguinte, também não deve ser mencionada, uma vez que isto pode criar o medo da noite.

https://quindim.com.br/blog/terror-noturno-em-criancas/

Como acabar com os TERRORES NOTURNOS. (2003). CRESCER, 30-31.